O AMA Supercross 2023 chegou ao fim no último sábado, em Salt Lake City, separamos alguns destaques ( positivos e negativos) e fatos curiosos que ocorreram ao longo das 17 etapas da competição, confira.
Haiden Deegan, começou como “Futures” e terminou como “Rookie Of The Year“
Quem lembra da estreia do “Danger Boy” no SX Futures, em Anaheim 2? Um dos favoritos na ocasião, Deegan sofreu uma queda e ficou fora do pódio na etapa, apenas com a 5ª colocação. Mal poderíamos imaginar que no fim de semana seguinte Deegan seria promovido ao time profissional da Star Racing, dando início a uma temporada surpreendente.
Aos 16 anos e com uma pilotagem agressiva, Deegan fez 3 pódios ao longo do SX 2023, sendo o vice-campeão da Costa Oeste e o melhor piloto do time. Na etapa final, em Salt Lake City, o piloto recebeu o prêmio de Rookie of the Year, coroando assim a bela campanha.
Toda a emoção de Brian Deegan no primeiro pódio de Danger Boy, em Daytona.
Irmãos Lawrence dominando os EUA de Leste a Oeste
Pela primeira vez na história dois irmãos venceram as disputas da Costa Leste e Oeste da 250. Jett e Hunter Lawrence colocaram seus respectivos nomes na história do supercross norte americano e os feitos não param por aí. Os australianos foram também os primeiros estrangeiros a vencer ambas as Costas em uma única temporada, feito inédito na competição.
Foto: Honda Racing US
A histórica temporada de Enzo Lopes
Uma temporada para ficar marcada na memória de Enzo Lopes e também na história do motocross brasileiro. Em Denver, Enzo fez a melhor volta no qualifying, venceu a heat e tornou-se o primeiro piloto brasileiro a fazer parte da cerimônia de abertura do evento. No campeonato o brasileiro finalizou em 4º após ocupar o top 3 durante várias rodadas, Enzo foi também o segundo melhor piloto com motocicleta Yamaha da Costa Oeste, competindo no time privado do ClubMX.
Rodeado pela imprensa norte-americana e destaque nas transmissões, Enzo deu um passo importante na carreira em sua melhor temporada no supercross.
Foto: RacerX
Ano terrível para a Kawasaki
O primeiro semestre de 2023 foi para esquecer! Na 250, todos os pilotos do time sofreram com lesões, tanto que Carson Mumford e Chris Bloose chegaram a equipe no meio do campeonato para preencher vagas. Na 450 a equipe encerrou a competição sem vencer nenhuma etapa.
Foto: Align Midia
Honda no topo da 450 após 20 anos
A espera acabou e a Honda voltou a vencer as disputas da principal categoria, algo que não acontecia desde 2003, quando Ricky Carmichael foi campeão. Para quebrar esse jejum o time vermelho fez barba, cabelo e bigode, vencendo tudo o que podia, inclusive o Rookie Of The Year, com Colt Nichols.
Foto: Honda Racing US
Webb fora do páreo
Até a 14ª etapa, Tomac, Sexton e Webb eram os três fortes candidatos ao título da temporada. Naquela mesma rodada, uma queda na heat tirou Webb do páreo.
Drama em Denver
O que era para ser uma noite de comemoração, tornou-se uma noite de drama absoluto. O momento em que Tomac abandonou a corrida do Main Event e seguiu rumo ao posto médico, foi de tensão total para os fãs do esporte que não faziam ideia do que estava acontecendo. Instantes depois foi a vez de Jeremy Coker, Team Manager da Star Racing revelar que Eli Tomac havia sofrido um rompimento do tendão de Aquiles, dando adeus as chances de título em uma etapa onde a segunda conquista consecutiva pela Yamaha já era quase certa.
Foto: Align Midia
Tomac dominante, mas não campeão.
Por falar em Tomac, o mesmo obteve um grande domínio ao longo das 16 etapas que disputou. O piloto da Yamaha alcançou 7 vitórias, triunfou em Anaheim 1 pela primeira vez, tornou-se também o maior vencedor de Daytona (7 vitórias), e chegou marca de 51 vitórias na carreira, passando a ser o segundo piloto com mais vitórias no supercross, atrás somente de Jeremy McGrath, com 72.
Foto: RacerX
Adeus 250
Com o fim da temporada “indoor” alguns nomes como Jett Lawrence estão de saída da categoria 250 e estreiam na 450 já no AMA Motocross, nas próximas semanas. Jett mostrou seu potencial competindo de 450 no MXON 2022, em Red Bud, fez grandes provas, levando o time australiano ao pódio.
Poucos “sobreviventes” para as 17 rodadas
Sobreviver as 17 etapas do Supercross não é tarefa fácil, sobreviver a tudo isso e ainda ser campeão, é ainda mais difícil, como foi o caso de Chase Sexton, que além de campeão foi um dos quatro pilotos a competir em todas as etapas. Ken Roczen, Justin Hill e Dean Wilson também fazem parte desse grupo em um ano marcado por muitas lesões, onde todos os principais pilotos dos times de fábrica ficaram de fora em algum momento. Na etapa final, 4 dos 6 primeiros da classificação geral não competiram por conta de lesão, e na última etapa Ken Roczen torceu o joelho e abandonou o Main Event.
Foto: RacerX
Pódio sem norte-americanos
Durante a 14ª rodada, em East Rutherford, New Jersey, um fato interessante marcou o pódio da categoria 250. Em condições de muita lama após a chuva e alerta de tempestade, Max Anstie conquistou a vitória, seguido por Jett e Hunter Lawrence em uma noite que os americanos ficaram fora do pódio da categoria, algo que não acontecia desde 2012, em Phoenix, onde na ocasião, Dean Wilson, Marvin Musquin e Tyla Rattray formaram o trio do pódio.
Temporada apagada das fabricantes europeias
Os times da 250 da KTM, Husqvarna e GasGas, tiveram participações apagadas e abaixo do esperado. Apenas RJ Hampshire da Husqvarna subiu ao pódio e venceu corridas, além de ficar com o vice campeonato na Costa Oeste, os demais sofreram com lesões e estiveram longe das expectativas.
Foto: Rede Social
Ken Roczen e sua Suzuki com partida de pedal
Acreditado ou não, fato é que Ken Roczen calou muitos ao vencer em Indianápolis após mais de um ano, dessa vez com sua Suzuki com partida de pedal. Uma cena que marcou a temporada foi o alemão no pódio com o pedal de partida em mãos.
Foto: MXA
Com uma vitória e cinco pódios, KR terminou o campeonato empatado com o seu rival, Cooper Webb, em número de pontos, Webb ficou com a 3ª colocação por conta do número maior de vitórias.
Chase Sexton “The Champion”
Uma das maiores “pedras no sapato” que Tomac enfrentou nos últimos anos, Sexton deu trabalho para o ET durante todo o AMA Motocross na temporada passada, tanto que o título foi definido apenas na última etapa na maior disputa de todos os tempos.
Nessa temporada Sexton se mostrou bastante rápido, porém errou em momentos cruciais e deixou escapar algumas vitórias praticamente certas, mas mesmo assim foi detentor de uma campanha bastante regular, com 5 vitórias no Main Event, 8 vitórias em Heat`s e 12 pódios no total, foi também o mais rápido no qualificatório em 12 oportunidades, liderou um total de 166 voltas e esteve no top 5 em 16 etapas. Com Sexton e Jett na 450, a HRC começa o “outdoor” como uma das grandes favoritas.
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