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Entrevista com Rigor Rico, o maior piloto de Hard Enduro da América Latina, que acaba de conquistar seu 8º título nacional na modalidade

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SR: Rigor, para abrir o nosso papo, gostaria de focar no seu 8º título recém-conquistado no Campeonato Brasileiro de Hard Enduro. Algum tempo atrás, a modalidade era pouco conhecida e divulgada, mas agora, com a nova direção do Balasso e com os esforços múltiplos de inúmeros amantes da modalidade, o Hard deu um “boom” no Brasil e está roubando a cena. Você é o CARA do Brasil na principal categoria, mesmo com uma invasão de pilotos TOP 10 do mundo. Você acaba de alcançar o título com uma etapa de antecedência. Como está essa excelente fase da sua carreira?

Rigor: Eu sabia que esse ano seria diferente. Estamos trabalhando duro pela modalidade há anos, e finalmente ela está alcançando a posição que merece no mercado nacional. E quanto ao resultado do título nesse cenário GRINGO, acredito que seja devido a todo o meu esforço. Me empenhei muito para a disputa do Latino-Americano e, em seguida, não deixei baixar o nível dos meus treinos para estar bem preparado para o Romaniacs, e tudo isso refletiu diretamente na disputa do Brasileiro de Hard. Mesmo com o alto nível dos pilotos na disputa, consegui conquistar o título uma etapa antes do final da temporada, sendo esse meu 8 título na modalidade Hard e o 12º dentro do off road nacional, pois tem mais 4 títulos Brasileiros no Enduro também!

SR: Esta foi a sua 6ª participação no Red Bull Romaniacs, considerada a edição mais difícil de todos os tempos. Como você se sentiu nesta edição?

Rigor: Sem dúvida, foi a edição mais difícil em que participei, sendo o primeiro dia o mais difícil da história da competição. Mas, por outro lado, foi o ano em que eu estava mais bem preparado, no meu auge físico e técnico.

SR: Sendo o maior nome do Hard Enduro na América Latina, quais são os seus planos para o futuro?

Rigor: Quero me consolidar como a referência aqui nas Américas. Fazer algumas provas nos Estados Unidos e competir uma temporada completa na Europa. Acho que meu momento está chegando, e me sinto preparado para realizar esse sonho.

SR: O que você acha da presença crescente de pilotos internacionais no Brasil, inclusive no Hard Enduro?

Rigor: Esse intercâmbio é muito importante para a modalidade. Já deu certo em outras modalidades como Motocross, Rally e Enduro. Fico feliz em ser o nome a ser batido, e as marcas procurarem pilotos ao redor do mundo para tentar ganhar de mim me motiva ainda mais a trabalhar duro. O nível deste ano está muito forte, mas me mantive competitivo e estou dando trabalho para os gringos.

SR: O Campeonato Nacional de Hard Enduro está crescendo e se aproximando do nível dos eventos internacionais. Como você vê essa evolução?

Rigor: Isso é o amadurecimento da modalidade, aliado a organizadores supercompetentes e, sem dúvida, à nova gestão do Rodolfo Balasso, que é o novo diretor da modalidade. Ele trouxe novos patrocinadores e uma visão mais empreendedora para o esporte, transformando as provas em verdadeiros eventos, trazendo muito público e amantes do esporte.

SR: No Romaniacs deste ano, você terminou muito próximo dos TOP 10. O que você acha que ainda falta para você se posicionar entre os melhores do mundo?

Rigor: Acho que falta um pouco de tudo: um pouco de experiência, um pouco de técnica, um pouco de preparo e um pouco da parte mental. Sei que estou no caminho certo, mas, como estou competindo com pilotos oficiais, outra coisa que me ajudaria muito seria uma moto mais preparada e forte.

SR: Como foi a mudança de moto e equipe para esta edição do Romaniacs?

Rigor: Sem dúvida, foi a melhor estrutura que tive até hoje. Já agradeço ao Maurício Fernandes, que fez tudo possível e ainda estava presente como piloto. Foi bem legal participar da corrida com seu chefe correndo também (risos). A moto era original, igual à do Brasil, mas com suspensões oficiais WP, o que me ajudou muito. Coloquei peças, acessórios e protetores dos meus patrocinadores. Na minha opinião, minha moto era a mais bonita da corrida.

SR: Em relação às trilhas da categoria Gold no Romaniacs, você já havia passado por algumas delas em edições anteriores ou elas mudam completamente a cada ano?

Rigor: Todo ano o circuito muda, com trilhas inéditas, e algumas se repetem. Outro detalhe é que, por exemplo, posso ter descido algum ano e, no outro, subi, e por aí vai. O que define muito o nível é a chuva. Ano passado, subi uma trilha em aproximadamente 3 horas debaixo de uma tempestade; este ano, no seco, fiz em uns 20 minutos. Uma curiosidade é que o último dia desta edição foi basicamente igual ao último dia do ano passado, o que nunca tinha acontecido antes.

SR: O que você acha que é necessário para que o Brasil produza um piloto de Hard Enduro 100% preparado para competir internacionalmente?

Rigor: Acho que é a mesma situação das outras modalidades; precisamos que nossos pilotos tenham essa experiência internacional o quanto antes e com alguma frequência. No final, o que falta é investimento, mas sinto que estamos no caminho certo.

SR: Muitos fãs perguntam por que você não compete na categoria Silver no Romaniacs para garantir um pódio. Qual é a sua opinião sobre isso?

Rigor: Piloto de F1 corre na F1 e não na F2, se é que você me entende. Acho que estou construindo uma história bonita no Romaniacs. Degrau por degrau, vou achando meu espaço e, juntamente, o espaço do Brasil no cenário mundial.

SR: E quanto aos planos internacionais? Você ainda vê o cenário nacional tão interessante quanto o internacional?

Rigor: Para a minha carreira, seria importante dar esse passo internacional, competindo nas melhores provas do mundo. Mas quero poder defender meu título e bater 10 títulos consecutivos do Hard no Brasil. Agora faltam 2025 e 2026. Bora trabalhar para isso.

SR: Para finalizar, qual foi o maior feito da sua carreira até agora e qual é a sua maior meta a cumprir?

Rigor: Acho que foi minha primeira medalha de “Finished” no Red Bull Romaniacs, na categoria Gold, em minha primeira participação na prova, sendo o primeiro sul-americano a fazer isso, em uma época em que todos duvidavam. Sem dúvida, minha meta é vencer o Romaniacs.

SR: Gostaria de deixar uma mensagem de agradecimento aos seus fãs e patrocinadores?

Rigor: Preciso agradecer a todo mundo que torce por mim e me ajuda a levar a bandeira do Brasil mundo afora. Trabalho duro para representar vocês cada vez melhor e para que nosso país seja reconhecido lá fora também pelo Hard, e não só como o país do futebol. Obrigado a todos vocês e aos meus patrocinadores e apoiadores, que fazem isso tudo possível. Bora treinar!

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