Em um oferecimento “Roxo de Minas” apresentamos mais uma edição do “Fala Roots” trazendo curiosidades sobre a grande final do Brasileiro de Motocross, no último fim de semana, em Ponta Grossa/PR, por Victor Mantovani.
A arte de viver aprendendo e aprender vivendo
Etapa final – Ponta Grossa/PR – BRMX 2024
1 – A vibração se intensifica nas contas mirabolantes feitas por Christian Mascary: “Se Bernardo vencer, Borba poderá ficar até na terceira colocação para ser campeão da MX2; se Rubini vencer, Fábio precisa terminar até sexto colocado para trazer o título para a Yamaha na MX1”. Eu me perco todo, mas mantenho minha pose de bom entendedor para não decepcionar as paredes da sala da minha casa.
2 – Regra não escrita: Jamais contar com as possibilidades incontroláveis de um campeonato.
3 – A MX1 se iniciou como um anúncio d’aqueles “Blockbusters hollywoodianos”, com heróis, grandes participações especiais em que o cinema comemora como gols em partidas de futebol: “Duas grandes lendas de lados opostos estão de volta para o duelo final com um só objetivo: A glória pelo seu time. Salazar x Campano”. Legal, né? Merecíamos ver isso novamente. Eu disse duelo final? Espero que não seja.
4 – Fábio Santos atuou bem na coletiva de Interlagos/SP ao apresentar uma persona confiante, por acaso (ou não) do destino, Rubini sofreu uma queda violenta naquela etapa, e nesta, Fábio já com pontos na frente, o que poderia vir a ser uma possível atuação se transformou numa confiança real nua e crua. Eu vi, vocês viram, no sábado a vitória estava quase anunciada. Aprender vivendo, e viver aprendendo.
5 – Ainda sobre o grande jogo Yamaha x Honda, tenho que concordar com vocês, aqui cairia muito bem uma metáfora bonita com grandes dizeres de quem sabe muito sobre a vida: “A estratégia do campeonato é como um jogo de xadrez, que você tem que jogar com as peças que tem para ganhar o jogo e blá blá blá”, mas nah… eu não entendo nada de metáforas, pouco sobre a vida, e muito menos de xadrez.
6 – Ah, querem saber uma coisa interessante sobre as coletivas de imprensa? As entrevistas acabam revelando mais do entrevistador do que do próprio entrevistado (entendam como o mais sincero elogio possível). A imprensa e mídia brasileira são tão fundamentais quanto todo o restante do show, afinal, você está aqui no Show Radical, né?
7 – Diferentemente da MX1, na MX2 a Honda não deixou a concorrência sonhar. Se existe um “Victory Zone”, a Honda deveria criar um “Flawless Victory”.
8 – A Elite MX foi uma prova emocionante, o que Kullas reclama do Brasil é o que ele tem de talento. Ganha na calma. E falo a vocês, se estivesse pontuando por todo campeonato, a chance d’a festa ser laranja na MX1 seria grande. Mas também neste caso se minha avó fosse homem, eu teria dois avôs.
9 – Meu, e aquele Heel Clicker de Kullas no final da elite MX? Nada é mais sincero que a acrobacia/manobra na bandeirada quadriculada. Junto com a velocidade e disciplina dos pilotos vieram o enrijecimento destes também. Pô, esse é o momento de entrar em contato com o público, enaltecer a vitória após a tão difícil guerra de 30 minutos. Em um mundo justo teríamos mais comemorações como esta.
10 – Assim se encerra mais um BRMX que fica para a história do esporte. Que no próximo ano possamos ser contemplados com grandes surpresas e novos vencedores, em síntese, mais vale torcer pelo motocross do que somente para o piloto.
11 – E você, que ficou até o final, saiba que nos conhecemos sem trocar palavra alguma, no ambiente em que trafegamos, pelas redes sociais, pelos postos de combustível nas viagens pelo Brasil. Um plate na traseira de um furgão branco já nos faz próximos, talvez até grandes amigos.
12 – “Tenho em mim todo o sonho do mundo”. Um abraço, e até.
Victor Mantovani (Roots MX).
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