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Peter Sagan faz tour pelo Brasil

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Peter Sagan e outros companheiros da Tinkoff na pedalada no Rio de Janeiro Foto: Tinkoff

Peter Sagan e outros companheiros da Tinkoff na pedalada no Rio de Janeiro Foto: Tinkoff

Dani Prandi / Do Bikemagazine
Fotos de divulgação

O campeão mundial Peter Sagan (Tinkoff) encerrou nesta quarta-feira (27 de janeiro) em São Paulo sua curta visita ao Brasil com direito a cobra no meio da estrada, manifestação no meio da Marginal Pinheiros, inúmeras selfies e autógrafos e uma constatação na ponta da língua: “Os Jogos Rio 2016 não são para mim.”

Sagan chegou com mais de duas horas de atraso ao evento promovido pela Specialized em sua sede em São Paulo, nada demais para quem está acostumado às agruras do trânsito na capital paulista.

Bike de Sagan atrai as atenções antes da entrevista coletiva Foto: Bikemagazine

Bike de Sagan atrai as atenções antes da entrevista coletiva Foto: Bikemagazine

Durante a espera, na falta do campeão mundial, foi sua bike com as cores do arco-íris e pintura com efeito especial que atraiu as atenções. Não só os fãs convidados, mas também a maioria dos jornalistas resolveu fazer pose com a bicicleta. Houve até alguns mais “ousados”, que sentiram o gostinho de subir na bike.

Bolo e parabéns para o aniversariante Foto: Gabriel Rios

Bolo e parabéns para o aniversariante Foto: Jesus Brenno

O eslovaco chegou visivelmente cansado. A curta maratona pelo Brasil, vindo do Tour de San Luis (Argentina), começou com uma pedalada no Rio de Janeiro, no reconhecimento do percurso da prova olímpica do ciclismo de estrada, nesta terça-feira (26 de janeiro), dia de seu aniversário de 26 anos, com direito a bolo e parabéns.

Com um grupo de privilegiados convidados, pedalou das 7h às 13h pelo Rio. Um dia depois, em São Paulo, outro grupo de convidados o acompanhou em um pedal em Riacho Grande, desta vez mais leve, com 30 quilômetros. Na ocasião, uma cobra na estrada chamou sua atenção. “Detesto cobras”. E lembrou: “No Tour de San Luis vi uma tarântula.”

Sagan com convidados em pedalada em Riacho Grande (SP) Foto: Fabio Braga

Sagan com convidados em pedalada em Riacho Grande (SP) Foto: Fabio Braga

No encontro com a imprensa, a primeira questão abordada foi a dificuldade do percurso olímpico, considerado um dos mais duros de todos os tempos. “Será para um escalador puro, não será para mim.” Mas Sagan fez questão de elogiar o cenário. “Vi Jesus Cristo, mas de longe… foi minha primeira vez no Rio, pretendo voltar como turista.”

Suas chances nos Jogos Rio 2016 não saíram do tema tão facilmente e, quando perguntado se poderia, então, apontar algum favorito, ele desconversou. Sobre a opinião de alguns managers de que o vencedor olímpico provavelmente sairá do top 10 do Tour de France (que vai terminar 13 dias antes da prova de estrada no Rio), mais uma vez Sagan escapou: “Tudo depende, o Tour de France exige muita energia e há as quedas, a má sorte… Mas se o ciclista fizer o Tour de France como uma preparação para os Jogos pode ser uma realidade diferente.” Segundo a lista divulgada pela UCI, seu país, a Eslováquia, terá apenas uma vaga no ciclismo de estrada olímpico, apesar de Sagan acreditar que há chance de mais uma vaga.

Mas, em sua lista de prioridades próximas estão, novamente, as clássicas de Primavera. No ano passado, quando estreou na equipe Tinkoff cercado de expectativas sobre as duras provas de um dia, muitas delas com os temidos paralelepípedos no meio do caminho, Sagan “decepcionou” e chegou a ganhar bronca pública do chefe Oleg Tinkov. Desta vez será diferente? “Vamos deixar o passado no passado. As Clássicas são o meu primeiro objetivo nesta temporada. Em 2015 eu não venci, mas sempre estava lá. E, depois, tive uma temporada maravilhosa, com o Tour de France e o título do Mundial”, lembrou.

"O que tiver que acontecer vai acontecer", diz Sagan Foto: Fabio Braga

“O que tiver que acontecer vai acontecer”, diz Sagan Foto: Fabio Braga

Depois da Primavera, chega o Tour de France (2 a 24 de julho), os Jogos Rio 2016 (a prova de estrada é no dia 6 de agosto) e, então, o Mundial (em outubro, em Doha, no Catar). Sagan, com a camisa arco-íris, certamente estará nos três eventos. Mas faz questão de se manter na realidade: “Quando estou em uma corrida, não penso sobre o resultado. O que tiver que acontecer vai acontecer.”

Assim como Nairo Quintana, que viu seu irmão mais novo, Dayer, conquistar o título de campeão do Tour de San Luis, também Sagan tem acompanhado o progresso de seu irmão caçula, Juraj, companheiro de equipe na Tinkoff. Sobre o irmão, foi generoso: “Estou feliz de ter meu irmão na equipe, inclusive ele vai ao Tour de Dubai e acho que será uma boa prova para ele.”

Encerrada a conversa com os jornalistas, mais uma vez o campeão mundial se viu cercado por mais fãs e admiradores. Assinou uma pilha de camisetas enquanto se preparava para mais uma maratona de selfies antes de embarcar de volta para casa, em Mônaco. Até os Jogos Rio 2016.

No reconhecimento do percurso

Fonte: Bike Magazine

 

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