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Ramyller Alves é destaque na mídia norte americana

Ramyller Alves em ação na etapa de High Point. Foto: RacerX
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Nessa semana o brasileiro Ramyller Alves foi destaque na mídia norte americana. Em matéria publicada pela mídia norte americana RacerX, Ramyller foi destaque no quadro, Perfil Privado.

Confira a matéria publicada pela mídia norte americana.

Após somar pontos em apenas uma das três primeiras rodadas do AMA Motocross, Ramy Alves se recuperou em grande estilo na etapa de High Point, conquistando a 16ª e 15ª colocações nas baterias, o que lhe rendeu a 16ª posição geral, mesmo finalizando a primeira bateria com sérios problemas em sua motocicleta. 

Conversamos com Ramyller Alves para saber mais sobre seu final de semana de sucesso na Pensilvânia.

Racer X: Antes de começar, me diga a maneira correta de pronunciar seu primeiro nome.
Ramyller Alves: A maneira correta é Ramyller, mas você pode apenas me chamar de Ramy.

Foto: RacerX

Vamos falar sobre sua temporada, mas antes de entrarmos nesse assunto, nos conte sobre sua trajetória até o profissional. Você é do Brasil, certo?
Na verdade eu nasci e fui criado no sul da Flórida, meus pais são do Brasil, portanto tenho dupla cidadania. Me considero americano e brasileiro. Apesar de ter nascido aqui, tive a honra de representar o Brasil algumas vezes no MXoN.

Meu pai era piloto no Brasil e veio para os EUA quando tinha cerca de 18 anos, em busca do seu sonho que era ser piloto, porém ele não conseguiu, e eu nasci para ir em busca do sonho dele, e hoje, meu sonho também.

Que legal! Agora vamos falar sobre a etapa de High Point. Você fez 16-15, resultando 16º na geral, o que é bastante sólido, esse é o segundo melhor resultado da sua carreira, certo?
No Motocross, sim. O meu melhor resultado foi conquistado em Southwick há alguns anos atrás, quando fiz 18-12, que resultou em um 14º na geral. Gosto muito de High Point, a pista fica com o piso muito duro e técnico, do jeito que eu gosto. 

Foi uma grande etapa, na primeira bateria acabei batendo com Jarrett Frye na largada, mas ainda assim consegui recuperar até a 15ª colocação, porém na última volta quando já sofria bastante com problemas na moto, perdi a posição para Kallub Russel e finalizei na 16ª colocação. Na segunda bateria consegui uma largada melhor e conquistei a 15ª colocação.

Vendo você falar, aparenta não estar muito feliz com o resultado, mesmo sendo um resultado bastante consistente, levando em conta o grande número de equipes de fábrica em disputa nessa categoria.
Sim, estar entre os 20 primeiros já é um bom resultado, mas preciso chegar perto dos 10 primeiros para provar do que sou capaz.

Vimos no Instagram que sua equipe teve que fazer uma troca de motor entre as baterias.
Isso foi uma loucura, não sabemos ao certo o que realmente aconteceu, mas a tampa do óleo saiu no meio da bateria e comecei perceber que minha moto estava fumaçando. A princípio pensei que estivesse superaquecendo, mas eu não estava usando a tanto a embreagem e a pista não estava tão pesada a ponto de causar isso. Felizmente consegui terminar.

Por conta disso, também perdi meu freio traseiro porque o óleo estava espirrando lá atrás. A moto começou a perder potência e comecei a ouvir vários ruídos no motor, mas no final deu tudo certo e finalizei a bateria.

Assim que cheguei ao box, meu pai e meu mecânico começaram os trabalhos e em cerca de 40 minutos realizaram a troca do motor.

Grande parte das pessoas não faz idéia do que é trocar um motor entre uma bateria e outra e como isso pode ser complicado. Não é o trabalho mais difícil do mundo, mas leva tempo e a programação da TV não permite um intervalo grande entre as baterias.
Sim, tem que ser um trabalho rápido e ter a certeza de que está tudo certo. Há muitas coisas que podem dar errado com a parte elétrica, felizmente deu certo.

Engraçado que em um dia em que você teve um dos melhores resultados de sua carreira, você também tenha que lidar com algo assim?
Sim, foi uma loucura. Cheguei a High Point bastante confiante após uma boa semana de treinos, gosto muito dessa pista. Meu tempo nos treinos não foi dos melhores, sempre luto para melhorar isso, mas quando vou pra corrida sei que as coisas são diferentes e sabia que seria um bom fim de semana.

Você mencionou que 16-15 não é onde você deseja estar, e que você deseja estar entre os dez primeiros. Isso acontecerá nos próximos anos? Em algum momento desta temporada? Quais são os objetivos?
Meu objetivo para esta temporada é com certeza brigar pelos dez primeiros, é uma categoria cheia com muitos pilotos de fábrica, mas acredito muito no meu trabalho e no meu equipamento, não tenho dúvidas que consigo brigar para estar entre os dez primeiros, só preciso juntar as peças do quebra-cabeça. Continuarei trabalhando duro para buscar resultados sólidos e espero conseguir uma oportunidade em alguma equipe de fábrica. Busco também vencer o campeonato um dia, entrar ir para a 450.

O que vai demorar? Quais peças do quebra-cabeça você está perdendo agora?
É alinhar tudo no seu devido lugar. Por exemplo, sempre busco um bom tempo nas classificatórias, nessa semana fiquei em 25º e 26º, com isso não tenho uma boa escolha de gate e como resultado, uma largada mais complicada. 

Não estou dizendo que é impossível começar bem, mas fica mais difícil quando se tem que vir de trás. Naquela segunda bateria, quando tive uma largada melhor, comecei a andar melhor. A partir do momento que eu melhorar meus tempos e consequentemente ter uma melhor escolha para largar, isso vai me deixar mais confiante.

Mudando um pouco de assunto, existem alguns vídeos por aí de você fazendo scrubs alucinantes. Nos conte um pouco mais sobre isso.
Oh cara, eu sempre recebo mensagens sobre esses vídeos, sempre gostei de fazer whip e scrub. Quando criança assistia Justin Barcia, e queria fazer aquelas locuras assim como ele. Nunca treinei whip e scrub, foi algo que aconteceu naturalmente.

Muitos falam sobre a luta de um piloto privado, mas também isso pode ter o lado bom em algum momento . O que você gosta como piloto privado?
Pra mim, existem dois tipos de privados. Há o privado completo, e no meu caso, que felizmente tenho JMC Motorsports Fly Racing GasGas me ajudando grandemente este ano. 

Mas estando em uma equipe privada contra uma equipe de fábrica, sinto que há menos pressão. Você pode ir lá se divertir sem se preocupar tanto com os resultados. Você não tem tantas expectativas depositadas em você. Quando me divirto, é realmente quando os bons resultados aparecem.

Comecei o ano de forma 100% privada, fui para Orlando, na primeira rodada da Costa Oeste, de van com barraca e meu mecânico. Consegui um décimo terceiro, e então a JMC Motorsports me ligou na mesma semana, por conta da lesão de Carson Brown e eles precisavam de um substituto. Dessa forma competi o Supercross pela equipe e se ofereceram a estar comigo no Motocross, sou muito grato por todo esforço que a equipe tem feito por mim nessa temporada.

Seus resultados tem melhorado constantemente desde a primeira etapa, e você teve grande dia em High Point, parece que tudo está encaixando pra você.
Sim, as duas primeiras rodadas não foram fáceis, não conheço muito as pistas dessa região, e sinto bastante diferença de terreno comparado ao lugar onde moro. Mas após esse a etapa de High Point ganhei confiança e estou ansioso para continuar trabalhando e chegar mais perto dos dez primeiros.

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